quinta-feira, 15 de julho de 2010

Por falta de amparo....

Este é um causo que se deu,
Lá pelas bandas do nordeste.
É a história de dois cabras
E Rosa uma flor do agreste.

Os desinfelizes chaleiravam,
A menina com todo tipo de agrado;
Davam de pulseira a “anér”,
Rosinha recebia até bom-bocado.

Levaram todo tipo de fruta,
Também do salgado ao melado.
E nada de Rosa se apetecê,
Por nenhum dos “apaixonado”.

Teve até luta armada na cidade.
O povaréu todo se juntou pra vê,
Quem ia merecer o amor da flor.
Que nem apareceu pra “torcê”.

O que ninguém tinha conhecimento,
É que a menina amor dos “brigão”.
Andava se encontrando as escondidas,
Com Bastião um notável covardão.

Que num era besta de se meter,
Na disputa com os dois “valentão”.
E assim lhe sobra mais tempo,
De conquistar Rosa e seu coração.

E foi com a brisa quente,
E a sombra do umbuzeiro,
Que Rosa jurou amor eterno.
De testemunha um cajueiro.

Montaram os amantes num jumento,
E foram se embora pra Juazeiro.
Lá eles haviam de conseguir sossego
E agora esta você aí perguntando:

E o que foi feito de Zé e Mané?
Esses aprenderam lição importante,
Preste atenção na madame ao invés,
Dê se inquietar com possível amante.

Dani Dias / 2010.

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