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quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

contraste

Saturou, imaculou, torçeu e caiu. Assim numa viela. Displicente. Forçou, esmiuçou, sorriu e atirou. Na cara. Sem medo algum. Correu, ofegou, se invizibilizou e recomeçou. Como sempre. Pura sobrevivência.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

beijo

Beijo par.


Beijo ímpar.

Beijo invugar.

Beijo objeto.

Beijo objetivo.

Beijo apressado.

Beijo defindo.

Beijo encantado.

Beijo adormecido.

Beijo celeste.

Beijo selvagem.

Beijo torto.

Beijo morto.

Beijo violento.

Beijo esfregado.

Beijo bolinado

Beijo abortado.

Beijo fraterno.

Beijo preciso.

Beijo técnico.

Beijo solícito.

Beijo sonolento.

Beijo querido.

Beijo necessário.

Beijo rendido.

Beijo á três.

Beijo de quatro.

Beijo mordido.

Beijo cheirado.

Beijo amancebado.

Beijo afeminado.

Beijo punitivo.

Beijo castigado

Beijo simétrico.

Beijo secundário.

Beijo importante.

Beijo esquecido.

Beijo equivocado.

Beijo proibido.

Beijo mandado.

Beijo obedecido.

Beijo aplaudido.

Beijo condenado.

Beijo arrependido.

Beijo repetido.

Beijo amado.

Beijo apaixonado.

Beijo fingido.

Beijo lascado.

Beijo selado.

Beijo interrompido

Beijo carente.

Beijo demente

Beijo solidário.

Beijo amigo.

Beijo roubado.

Beijo traído.

Beijo perfeito.

Beijo inesquecível.

Beijo de pai.

Beijo de mãe.

Beijo de filho.

Beijo primeiro.

Beijo último.

Beijo eterno.



Eterno Beijo.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Série: PECADINHOS - Preguicinha - Dani D.


Ando assim,
Ando assim com preguiça;
Sem preguiça,
As vezes com pouca;
A maioria com muita.
Ando assim,
Ando assim cansada;
Sim, todo dia cansada,
Uns dias menos;
A maioria mais.
Ando assim,
Ando assim com menos;
As vezes com mais,
As vezes com nada,
A maioria com mais nada.
Ando assim,
Ando assim mais nada,
Ando assim menos tudo.
Ando assim,
Preguiça do meu nada,
Querendo mais.
Cansada do meu tudo,
Querendo menos.
Ando assim...
A importância?
Andar.
Uns dias mais outros menos,
Sem parar de andar.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Fotogramas

Fotogramas
Por Valéria Motta

Frestas do cotidiano
Momentos de ilusão urbana
Refração, íris e ilusão
Imagem de caledoscópio
Cidade que por um instante torna-se vão
Vitrines opacas
sentimentos mundanos
travessia exausta
neste tempo que maltrata
saudade picotada
acordes sibilados
numa acústica de lata
nuvem que pesa, engarrafa e afunda
palavras esquecidas
na roda do meio que fica

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Angustia

Quase não consigo respirar
Sufoco
A palavra morre antes mesmo de ser parida
O corpo inteiro se aperta por dentro
Minúscula, impotente
O coração não é mais o peito
É um corpo inteiro, e tão barulhento
Ensurdecedor

O corpo tem um invólucro sensível a tudo
Irritadiço, relutante
Algo vai explodir a qualquer minuto
E explode dentro de mim
Tudo esquenta
Parece que não vai caber mais no corpo
Alguns minutos que parecem eternidade
Tremor

Finalmente tudo cessa
Tenho, em fim a única certeza
Morreu alguma coisa
Ainda não sei o que
Mas algo é certo
A dor
Latente
E no ouvido ainda escuto ...

Por: Vanessa Lucena

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

A espreita

A espreita

Meu perfume exala, no seu poro. E o toque, sei, é no osso do sentimento. Exposto. Tudo se contrai, tudo se expande, intumesce. Não sinto a linha da dor atravessar a vértebra, nem o desencaixe frouxo das porcas que se perderam pelo caminho. Apenas recolho esticando o que ainda me resta, aquelas pequenas pérolas. Areia que adentra, ampulheta que afina... o tempo. Agora te toco num sopro suave, faço desenhos que se desmancham de tão etéreos. Respiro com a narina quente e peço para aqueçer a alma lavada de mar. Te peço, apenas: ame por mim na sua cama de lencóis brancos. Seja feliz na aurora, afunde em outras pernas e depois, quem sabe... te espreito e convido a subir escadarias e ser novamente, tormenta.

Valéria Motta

terça-feira, 18 de agosto de 2009

ALMA por Valeria Motta

POR VALERIA MOTTA


Alma

Sossega tua alma sombria
Abra uma fresta
Arrisque um palpite
Pise na areia movediça
Enterre a culpa, sem dó

Sossega tua alma amarga
Coloque dentes
Mastigue a dor com a beleza dos banquetes

Sossega tua alma magra
Tão calada
Tão profunda
Retira-lhe este pesar
Estas perdas físicas
Estas perdas místicas

Assopre as cinzas
Deixe o cisne te abraçar
Sossega tua alma e o teu corpo também

Respire só
Tão sossegadamente só
Que acordarás somente, a poesia.



Vicio


Teu nome está na minha boca como um vício
E qualquer desejo que escape a língua
Se torna palavra morna

Teu nome junto com os teus olhos
Vigiam os meus sonhos,
Imprimindo neles,
Uma intuição mordaz

Teu nome me sobe as narinas como um narcótico
E por onde quer que eu vá,
Carregarei este delírio,
Esta pausa na garganta
E uma leve falta de ar,
Quando penso em você.


Troco


Nunca peça um beijo
Nem uma vodka
Nem a cerveja

Se a quer
A tome
A beba
A sugue

Até virar bagaço
Frangalho
Um trocado

Tirado do bolso
E posto de lado