terça-feira, 23 de março de 2010

Vontade desconhecida

Não tenho palavras bonitas para me expressar.
Não tenho nenhum tesouro, ou se quer algo parecido, para lhe dar.
Também não sei dizer nenhuma prece
que seja um sincero voto de servidão.
Não, não é nada disso o que eu posso lhe dizer.

Só posso saber do que sinto quando um cruel pensamento me atormenta
com tua imagem, em atitudes que nunca existiram.

Por que essa invasão desmedida?
Por quê?

Qual o mistério desse desejo se nada o alimenta?
O mistério é uma fuga.
É a vontade desconhecida de esquecer-me.
Busco o desejo de partir.
E não posso.

Por isso penso irrealidades
Na vontade desconhecida de esquecer-me