Boris Krausser trabalha há mais de vinte anos no mesmo instituto de pesquisa. Já passou por várias chefias e coordenações, quase sempre em cargos de liderança. Seu temperamento estável, seu domínio da oratória, sua rapidez de raciocínio, escondem muitas vezes a sua falta de conhecimento e ignorância em vários assuntos. Consegue, com muito êxito, motivar sua equipe, seus colegas, para o trabalho. É, pois então, caristmático.
Odeia Sara Blota. Ela significa muito daquilo que ele queria e não pode ser. Porém, a quer sempre por perto, para saber de suas atitudes, seus passos, saber com quem fala, com quem anda, saber de tudo da vida dela. É, sem dúvida, sua melhor funcionária.
Quando descobriu que Sara tinha um diário, quase enloqueceu de vez. Pensou que não ia controlar a sua reação na frente de todos. Ela falou sobre isso com tanta naturalidade numa bate-papo de corredor.
Não podia ser! Ela, assim, de repente, escrevendo sobre a vida? Escrevendo sobre o que lhe vem a cabeça? Não pode ser!
Boris deseja ser poeta, ser comparado a Fernando Pessoa. Mas não consegue escrever nada, construir uma mísera frase. Não consegue definitivamente criar.
Seu poder de oratória se limita a falar do que já escrito, do já falado. Sara com um diário? E ele sem escrever uma mísera frase...Que mundo injusto!
Estava arrasado, corroído. Nada importam seus títulos, seu cargo, suas conquistas...Sara sempre o supera, está passos a sua frente.
Isso o atormenta, o destrói por dentro. E assim, em sua invejosa fragilidade, que os seus segredos e desejos irão se revelar nessa pequena história.
Odeia Sara Blota. Ela significa muito daquilo que ele queria e não pode ser. Porém, a quer sempre por perto, para saber de suas atitudes, seus passos, saber com quem fala, com quem anda, saber de tudo da vida dela. É, sem dúvida, sua melhor funcionária.
Quando descobriu que Sara tinha um diário, quase enloqueceu de vez. Pensou que não ia controlar a sua reação na frente de todos. Ela falou sobre isso com tanta naturalidade numa bate-papo de corredor.
Não podia ser! Ela, assim, de repente, escrevendo sobre a vida? Escrevendo sobre o que lhe vem a cabeça? Não pode ser!
Boris deseja ser poeta, ser comparado a Fernando Pessoa. Mas não consegue escrever nada, construir uma mísera frase. Não consegue definitivamente criar.
Seu poder de oratória se limita a falar do que já escrito, do já falado. Sara com um diário? E ele sem escrever uma mísera frase...Que mundo injusto!
Estava arrasado, corroído. Nada importam seus títulos, seu cargo, suas conquistas...Sara sempre o supera, está passos a sua frente.
Isso o atormenta, o destrói por dentro. E assim, em sua invejosa fragilidade, que os seus segredos e desejos irão se revelar nessa pequena história.
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